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sexta-feira, 26 de novembro de 2010



Carta

Me pergunto quanto tempo levará pra isso passar, e se isso irá passar. Quantos serão necessários para me curar, arrancar o medo de mim, e se irão conseguir. Me pergunto se ainda lembra de mim do mesmo modo que eu lembro de você. Se lembra do meu cheiro, dos meus abraços e de tudo que fizemos juntos. Será que ainda lembra daquele parque, daquelas árvores, das crianças que lá haviam, de nós dois brincando na areia e daquela paz que sentíamos? Ainda lembra quando eu dizia que amava sentir o vento?
Hoje, espero que este mesmo vento te toque para que leve os meus carinhos até você. Mesmo não sabendo se ainda precisa deles.
Queria poder dizer que te amo, mas não posso. Pelos erros que cometi, por desistir de nós dois, por tudo que te fiz e por deixar-te ir. Pode ter certeza que eu não consigo me perdoar. Queria te pedir pra não me esquecer, mas isso seria uma tortura pra você e eu só quero teu bem. Não importa o quanto eu tenha que sofrer por isso. Pelo menos assim, pago pelos meus atos. Sinto que anos vão se passar e você em mim ficará junto com essa saudade e o medo. Acho que você vai embora, vai me esquecer e amar um outro alguém. Se for, saiba que quero te ver mais uma vez sorrindo pra mim, como naquele dia em que tocou o meu corpo e nos tornamos um só. Queria mesmo te ver, mas tenho medo do que possa acontecer e não consigo nem chegar em você. Pois a dor aumenta, as lembranças me invadem com muita violência e me fazem até perder todos os meus sentidos. Perto de você enfraqueço, quase enlouqueço com tudo o que sinto.
Você deixou em mim marcas inapagáveis. Você deve estar melhor sem mim, deve me odiar, ou talvez nem consiga sorrir. Eu já não sinto nada além do medo e se sinto coisas boas, elas logo passam. Não sei se vai me perdoar. Me pergunto se um dia voltará, mas se voltar, se tudo for como antes, não vou mais fazer juras de amor. Só direi que te amo. E continuaremos a brigar, pois não vou querer correr o risco de perder você. Naquele dia em que tudo acabou eu não sabia o que pensar, ou o que sentir. Estava confusa, pensando no que eu realmente queria. Você me forçou a dizer uma coisa que não era verdade e que não agradou os seus ouvidos. A dor é real e ela só me mostra que eu estava certa quando disse que me arrependeria. Me mostra que tudo foi tão perfeito que parecia um sonho, mas há evidências. E com toda certeza, nenhum sonho me causaria tanta dor como essa que sinto hoje. Se estiver lendo isso saiba que estou aqui e eu sei que errei, mas não vou ti negar nada, nem parar de desejar o teu bem. Pela saudade que sinto, pela tristeza de não ti ver mais, pela alegria que um dia eu tive por ter você. Por tudo que fomos. Com amor,

Karine Beatriz.

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domingo, 21 de novembro de 2010



Fantasma

Não precisa mais aparecer
Nos meus sonhos pra me assustar,
Lembrar que eu errei.
Eu estou ciente disso.
Então faça o favor de me deixar em paz.
Não tire mais minha energia vital.
Não leve embora minha alma.
Não coloque punhais em meu coração,
Pois eu nunca tive a intenção
De machucar o seu.
Não acabe com o pouco de beleza
Que ainda há em meu interior.
Deixe minhas virtudes aqui
Para que eu possa me levantar,
Para alguém me libertar.
Como se eu morresse aos poucos.
Ninguém sabe, ninguém tem noção
Do que esconde meu sorriso.
Das dores que eu sinto,
Elas me fazem gritar.
Quase implorar por ajuda
Para alguém me salvar.
E se for você?
Só você pra me salvar?
Talvez minha alma se perca
De uma vez.
Não importa o quanto eu lute,
Chore, grite. Você não virá.
Não posso esperar.
Só pedir ajuda de Deus
Para que eu possa esquecer.
Para que eu possa parar de sofrer.
Pare de pensar em mim,
Pois eu posso sentir.
Pare de me ver em todo canto,
Pois eu sei e isso me causa espanto.
Sinto sua presença e
Me pergunto:
Por que dói tanto?
Porque está sendo assim,
Desse modo?
Porque ainda somos tão ligados
Um ao outro?
Tudo muda, tudo passa.
Mas como você disse,
Há marcas que não saem.
Cicatrizes não somem.
A dor é tanta que
Mesmo se eu morresse,
Eu não seria capaz de esquecer
Todos nossos momentos.
E se somos duas almas gêmeas?
Elas, quando se separam,
Podem se destruir.
Está escuro, está frio.
Mas ainda há anjos
Que tentam me tirar daqui.
Há um mar de lágrimas
Que flui em mim.
É profundo, parece não ter fim.
Não sei mais o que eu faço
Pra tirar você de mim.

Por: Karine Beatriz.

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sábado, 20 de novembro de 2010



Sufoco

Quando isso passará?
Será que vou me encontrar de novo?
Tenho andado tão perdida ultimamente.
Tentando levar adiante sem olhar pra trás.
Sinto-me sufocada.
Como se estivesse presa em uma sala
Feita com as quatro paredes de vidro
E me encontro acorrentada ao chão.
Quase sem ar,
Quase sem vida.
Preciso me libertar,
Sair desse lugar onde estou agora.
Preciso que alguém me salve.
Alguém que me tire daqui.
Alguém que leve embora
Todos os sentimentos ruins.
Preciso esquecer, continuar a viver.
Não me preocupar nenhum pouco.
Mas sozinha não posso.
Preciso quebrar todos esses vidros,
Mas para isso preciso romper
Todas essas correntes que
O medo pôs em mim.
Elas me sufocam.
Não me deixam ser feliz.

Por: Karine Beatriz.

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sábado, 13 de novembro de 2010



Poderíamos

Poderíamos esquecer
Nossos passados,
Nossas decepções.
Poderíamos não ter medo,
Nenhum receio de
Sentir novas emoções.
Poderíamos nos apaixonar
Um pelo outro, sem se preocupar.
Mas não há tempo.
Poderíamos ter muito mais
Do que estes sentimentos.
Poderíamos nos entregar
Sem sofrer.
Poderíamos nos render.
E eu poderia estar contigo.
Poderíamos ser muito
Mais que bons amigos.
Poderíamos ser bem mais que isso.
E eu poderia te olhar de outra forma.
Poderíamos ser livres agora.
Poderíamos fugir de tudo e sentir
O que nós impedimos.
Poderíamos perder o sono,
Poderíamos crescer.
Poderíamos beijar mais,
Abraçar mais.
Poderíamos aceitar,
Poderíamos sorrir, cuidar e sonhar.
Poderíamos amar.
Poderíamos perceber, entender.
Você seria tudo pra mim
E eu pra você.

Por: Karine Beatriz.

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quinta-feira, 4 de novembro de 2010



Não Sei


Como se eu vivesse no interior dele.
Como se eu fosse a sua consciência,
A sua essência.
É como se eu nunca conseguisse
Alcançar a liberdade.
Ainda estou tão presa a ele,
Tão presa ao passado que
Não consigo deixar de me importar.
Como posso ficar bem se as nossas
Últimas lembranças são só lágrimas?
As outras são boas até demais.
Uma delas é o teu sorriso.
Uma outra é que eu só queria
Estar contigo.
Eu não sei o que houve,
Não sei se isso tudo é culpa
Dos nossos medos,
Das nossas juras de amor.
Eu só sei que vivo os meus dias
Sem um pouco de alegria,
Com saudade e dor.
Dor, que quando é tanta eu
Teimo em transformá-la em
Palavras para que do meu rosto
Não caiam lágrimas.
Eu não sei o que estou fazendo.
Não sei se isso é certo.
Eu sei que te quero aqui bem perto.
Esquecer o passado não é nada fácil.
Não quando ele está tão vivo
Em nosso presente.
Nós dois sabemos disso.
Não sei se é assim que deve ser,
Mas eu não aceito.
Eu não me conformo com isso.
Eu não consigo me adaptar
A passar os dias
Sem ver o teu sorriso.

Por: Karine Beatriz.

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